CÁBULASDudi Maia Rosa
Período: 21 de setembro a 31 de outubro de 2013
Livre para todos os públicos
Dudi Maia Rosa (São Paulo, 1946) iniciou sua trajetória com uma exposição individual no MASP em que introduziu uma figuração característica. Nela, além de uma convivência com um abstracionismo que em breve se desdobraria de forma emblemática em sua obra, um tom onírico relacionava a pintura com o universo dos sonhos e da imagem técnica do cinema.
Em 1984, passou a trabalhar com a técnica que o distinguiria dali em diante quase como uma patente, a fibra de vidro com resina sintética, em que a transparência e a versatilidade do material integraram figuração e abstração e, mais uma vez, a qualidade particular da película cinematográfica. Dessa experiência de ruptura pictórica é que fazem parte as obras de grandes dimensões que integram a coleção do Instituto Figueiredo Ferraz, tais como o conjunto integral de sua mostra/instalação na Capela do Morumbi, realizada em 1991, ponto culminante de sua poética.
A exposição que realiza agora nessa instituição representa um momento privilegiado para o público entrar em contato com um largo espectro de sua produção, posto que traz tanto trabalhos em fibra, como em técnicas alternativas de pintura e aquarela, perpassando aspectos formais e temáticos diversos. Trata-se, por outro lado, de uma retomada evidente das origens de seu trabalho, no sentido de que todas as 15 obras agora expostas resgatam a figuração onírica e cinematográfica com uma atualidade crítica que, segundo o crítico Carlos Eduardo Riccioppo, alcança “uma dimensão que concilia (porque não impõe decisivamente a quem os vê a dinâmica do ‘de longe, de perto’) a mancha do pincel e o depósito industrial da tinta”.1
A exposição inclui também uma sessão de projeções em que se poderá associar diretamente o início da trajetória de Dudi e sua expressão mais recente. O artista decidiu apresentar, justamente em uma sala de cinema ao lado do espaço expositivo, reproduções das obras de 1978 expostas no MASP.
Dudi Maia Rosa
1 Carlos Eduardo Riccioppo, Cábulas, São Paulo, Centro Universitário Maria Antonia USP, 2013.
